Mundi

Mundi - Compare Preços de Passagens Aéreas e Hoteis

Pesquise Preços

Carrossel

bond/busca

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nazistas brincavam Carnaval

Durante o Terceiro Reich, os nazistas controlaram a maior festa popular temendo críticas e zombarias ao regime.
É isso que os historiadores alemães, Carl Dietmer e Marcus Leifeld, apresentam no livro “Alaaf und Heil Hitler: Karneval im Dritten Reich” (algo como Esquindô lê lê e Heil Hitler: Carnaval no Terceiro Reich), lançado em 2009.
Quer dizer, controlavam e desvirtuavam o sentido da festa que desde os primórdios, as Saturnálias e Dionisíacas, tinha por objetivo comemorar, sem regras, a vida e as colheitas e, por que não dizer, fazer críticas e zombarias aos governantes.

                                                  Detalhe para a sigla NPD evacuada pelo destaque do carro.
                                                           Significa Partido Democrático Nacional da Alemanha, ou Partido Nazista.


O Carnaval Nazista

Segundo os autores, os nazistas tentavam controlar todos os aspectos da vida cotidiana e gradativamente foram se infiltrando na organização do Carnaval nas principais cidades alemãs, em que a festa era realmente marcante como Colônia, Dusseldorf e Bonn que, de acordo com a jornalista Arlete Aoffiatti, do blog Tudo de bom (leia o artigo Alaaf! Tempo de Karneval) , “são a Bahia da Alemanha”.

Ao contrário do nosso que começa na sexta-feira e só acaba na quarta feira, ou também dos norte-americanos, o Mardi Gras, que cai na terça-feira gorda (Carnaval pelo mundo: Oxum no Mardi Gras de New Orleans), o Carnaval alemão começa na segunda-feira (Rosenmontag) e termina na quarta-feira de cinzas ( Aschermittwoch).

Ao clicar sobre imagem abaixo, você pode ver um slide show diretamente no portal do Der Spiegel com várias imagens do carnaval de 1934, em Colônia, na Alemanha.

                                                            Carro alegórico satirizando judeus ortodoxos.
                                                                                                                   No cartaz está escrito: “Os últimos estão partindo”



Como não existe humorismo a favor de quem está no poder, o Carnaval passou a fazer parte das preocupações propagandísticas dos amigos daquela figuraça que usava corte de cabelo do tipo Emo e um bigodinho estranho. Tanto que o mote das zombarias passaram a ser os judeus (em sua grande parte), os Russos, a Liga das Nações e até mesmo o prefeito de New York Fiorelo La Guardia, filho de mãe judia. E quem falasse algo que não fosse a favor, era preso e executado como aconteceu com Leo Statz, o organizador do carnaval em Dusseldorf que escrevia e cantava canções satíricas e irreverentes zombeteiras. Este é o espírito das Marchinhas de Carnaval. Em 1943, cometeu o erro de questionar a Alemanha e uma possível vitória na guerra que os nazistas empreendiam contra o Mundo. Foi executado pela Gestapo. Outros deram sorte como, por exemplo, Karl Küpner, que fez a saudação nazista e, em vez de dizer Heil Hitler, ele olhou para o céu e … “Será que hoje vai chover?”. Levou uns catiripapos e foi preso. Nunca mais o deixaram falar ou brincar.
                                                  Carros alegóricos e cartazes promovendo o Carnaval nazista ₢ Der Spiegel

Nenhum comentário:

Postar um comentário